Uso da internet por adolescentes nas escolas apresenta queda significativa no Brasil
- 23/10/2025
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Uma pesquisa recente do TIC Kids Online Brasil 2025 revelou que o uso da internet por crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos dentro das escolas caiu de 51% em 2024 para 37% em 2025. O estudo, realizado pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) em parceria com o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), aponta que o acesso à internet em ambiente escolar não apenas diminuiu, mas também mudou em suas formas de uso.
De acordo com a coordenadora da pesquisa, Luísa Adib, essa redução pode estar relacionada à entrada em vigor de uma lei que restringiu o uso de celulares nas escolas no início deste ano, o que impactou diretamente o modo como os jovens acessam a internet durante o horário escolar. Ela também destacou que o crescente debate sobre a proteção de crianças e adolescentes no ambiente digital pode estar influenciando mudanças de comportamento.
Apesar da queda no uso dentro das escolas, o estudo mostrou que o acesso geral à internet entre essa faixa etária se manteve estável. Cerca de 92% das crianças e adolescentes afirmaram ter acesso à rede no país, número próximo aos 93% registrados no ano anterior. O levantamento ainda revelou que o celular continua sendo o principal dispositivo utilizado, mencionado por 96% dos entrevistados, seguido pela televisão, com 74%, computador, com 30%, e videogame, com 16%.
Quando questionados sobre o que fazem online, 81% disseram utilizar a internet para pesquisas escolares, 70% para buscar temas de interesse pessoal, 48% para ler ou assistir vídeos sobre notícias e 31% para obter informações sobre saúde. Outro dado que chamou atenção foi o aumento no número de jovens que nunca acessaram a internet, passando de aproximadamente 492 mil para 710 mil.
A coordenadora da pesquisa ressaltou que a redução no acesso não significa a eliminação de riscos, e defendeu que pais, responsáveis e plataformas digitais trabalhem em conjunto na orientação e supervisão do uso da internet, promovendo o diálogo e a educação digital em vez de apenas impor restrições. Esses dados reforçam a necessidade de políticas e práticas que acompanhem as mudanças no comportamento digital de crianças e adolescentes, equilibrando o uso da tecnologia com segurança e aprendizado.
















